Vaticano escreve aos budistas e apela à união em torno da defesa da vida


A Santa Sé enviou hoje uma mensagem aos budistas de todo o mundo, por ocasião da sua principal festividade, o 

Vesakh/Hanamatsuri

apelando à união dos crentes em volta da “profunda reverência pela vida”.

“Apesar dos nobres ensinamentos sobre a santidade da vida humana, o mal sob as suas várias formas contribui para a desumanização da pessoa ao mitigar o sentido de humanidade nos indivíduos e nas comunidades”, refere o texto do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-Religioso, sediado no Vaticano.

O presidente do organismo, cardeal Jean-Louis Tauran, diz que esta “situação trágica” desafia católicos e budistas a “unir as mãos para desmascarar as ameaças à vida humana” e “acordar a consciência ética” dos fiéis.

“É urgente que budistas e cristãos criem um clima de paz para amar, defender e promover a vida humana, com base no património genuíno das nossas tradições religiosas”, realça.

O documento destaca o respeito da Igreja Católica pelas “nobres tradições religiosas” dos budistas e a “consonância” com os valores que expressam, como “o respeito pela vida, a contemplação, o silêncio, a simplicidade”.

A mensagem deseja um “renascimento espiritual e moral” da sociedade para que haja “verdadeiros construtores da paz que amem, defendam e promovam a vida humana em todas as suas dimensões”.

A celebração do Vesakh assinala os principais acontecimentos da vida de Buda e é celebrada em várias datas: 17 de maio na Coreia do Sul, China, Hong Kong e Macau; 24 de maio no Sri Lanka, Tailândia, Malásia, Singapura, Birmânia, Camboja, Laos; 25 de maio na Índia, Nepal e Indonésia.

O presidente do Conselho Pontifício para o Diálogo Inter-religioso deixa votos de que esta festa anual promova o “diálogo amigável e a colaboração próxima” entre católicos e budistas.

“Continuemos a colaborar com uma renovada compaixão e fraternidade para aliviar os sofrimentos da família humana, acolhendo a sacralidade da vida humana”, conclui.




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