Por religião, senegalês ameaça não usar camisa do Newcastle com novo logotipo

Segundo o jornal britânico Daily Mirror, o senegalês Papis Cissé, muçulmano praticante, comunicou a diretoria do Newcastle que pretende se recusar a usar o novo uniforme da equipe inglesa por causa do novo patrocinador, o banco Wonga.

A religião muçulmana não permite que pessoas se beneficiem de empréstimos. Os bancos dos países islâmicos sequer cobram juros. O Wonga vem sendo criticado na Inglaterra, de acordo com o Mirror, por ter uma alta taxa de juros. 

O clube ainda não encontrou uma solução e vai analisar o contrato do jogador para descobrir até que ponto pode forçá-lo a propagandear o logotipo do novo parceiro. O Newcastle sempre respeitou a religião de Cissé e chegou a reservar uma sala para que o jogador e outros muçulmanos do elenco, como Cheick Tioté e Hatem Ben Arfa, pudessem rezar.

Há um precedente desse tipo de impasse no futebol espanhol. O malinês Frederick Kanouté usou uma camisa limpa de patrocínios quando assinou com o Sevilla após se recusar a usar o uniforme com o logotipo da empresa de apostas 888, também por questões religiosas.

No começo da semana passada, 4,5 mil torcedores do Bolton protestaram contra a intenção do clube de assinar com outro banco especializado em empréstimos. A diretoria acatou o pedido da torcida e trocou o patrocínio do QuickQuid pela FibrLec, uma companhia de energia sustentável.


A Wonga substituiu a Virgin Money, mas a camisa principal com o novo logotipo ainda não foi lançada pela Puma. Por enquanto, apenas o segundo uniforme, na cor azul, está disponível.




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