Síria, religião e inclusão social foram destaques do Milênio em 2013

Edições foram escolhidas pelo editor-chefe do programa. Entrevista com Malek Jandali e Ngaire Woods estão na lista.

Todos os dias, somos bombardeados de notícias do mundo  inteiro e com temáticas diversas. Mas só com uma discussão mais profunda sobre os acontecimentos, é possível compreender o passado, nos situar no presente e refletir sobre o que virá no futuro. É com essa intenção que o Milênio chega a nossas casas todas as segundas a noite e nos faz entender melhor a sociedade que nos cerca. 

Nesse ano de 2013, os debates sobre a Síria, questões religiosas, aceitação das diferenças, inclusão social e governança global estiveram presentes em muitos momentos e foram temas do programa.

A pedido do site da GloboNews, o editor-chefe do programa, Rodrigo Bodstein, selecionou as cinco melhores edições em 2013.

O pianista sírio Malek Jandali tenta manter acesa a cultura de uma pátria que a cada dia vê seu passado ser destruído por um conflito que parece não ter fim. Jandali acredita no poder da arte de transformar a realidade em liberdade.

"Esse programa é interessante por oferecer ao público quase que uma viagem a um tempo que ficou sufocado pelos escombros e pelos tiros que tomaram conta de Homs, Damasco e Ugarit - entre outras cidades" ressalta o editor Rodrigo Bondstein.

O escritor Andrew Solomon descobriu que esquizofrênicos, criminosos, transexuais, autistas, anões, surdos, crianças prodígio e pessoas com síndrome de Dow têm algo em comum. Quase todos eles foram criados por pais diferentes deles. Para escrever o livro: Longe da árvore, o autor entrevistou e conviveu com centenas desses pais, cujos filhos, como diz o título, são frutos que caíram longe da árvore. 

"É uma entrevista que nos faz pensar sobre a importância do exercício da aceitação do outro para nossa sociedade", conta Rodrigo.

Ngaire Woods é uma defensora de reformas profundas nos organismos multilaterais para adequá-los à realidade atual e evitar crises como a que aconteceu no setor financeiro em 2008.

Rodrigo conta que o programa entra na lista, por causa do tema governança global. 'Mais do que uma entrevista, essa conversa oferece insumos para poder refletir um pouco melhor sobre o mundo a sua volta', destaca o editor.

A escritora Karen Armstrong foi responsável por popularizar e tornar mais acessível a discussão de questões religiosas em livros, artigos e palestras que faz pelo mundo. A ideia dela é usar a crença para aproximar pessoas, países e culturas. 

“A religião deveria dar uma contribuição maior a uma das maiores tarefas da nossa época, que é construir uma comunidade global", afirma Karen.

Rodrigo Bondstein argumenta que a entrevista de Armstrong oferece um caminho para enxergar além da neblina criada pelo radicalismo. "Cada vez mais é preciso haver uma reflexão sobre os elementos que nos unem em meio a tantas visões de mundo distintas", aponta o editor.

Para o músico indiano de 77 anos, a música é uma linguagem que supera diferenças de nacionalidade, idioma e religião. Como um exemplo, Meht disse que sonha em ver músicos israelenses tocando na Palestina.


"Mais do que um maestro excepcional, Mehta tem plena consciência do poder transformador da música. Juntou israelenses e alemães durante uma apresentação em Buchenwald, quer levar a Filarmônica de Israel para a Palestina, pretende fazer um concerto na Caxemira para hindus e muçulmanos e participa da Mehli Mehta Foundation, uma fundação que ensina música clássica a crianças e jovens na Índia", diz Rodrigo.



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