Igreja Anglicana permite que mulheres se tornem bispos – Por Nigel Roddis

Pela primeira vez em sua história, a Igreja Anglicana aprovou em votação nesta segunda-feira (14/07) a ordenação de mulheres como bispos. As primeiras nomeações podem ocorrer já em 2015. 

Após cinco horas, a votação pelo Sínodo obteve os dois terços necessários para que a legislação fosse aprovada. A reforma nas leis da igreja estavam sendo discutidas há mais de dois anos. Uma votação anterior, em 2002, foi rejeitada.

A comunidade leiga votou por 152 votos a favor, 45 contra e 5 abstenções. O episcopado votou por 37 votos a favor, dois contra e uma abstenção. Já entre o clero houve 162 votos a favor, 25 contra e quatro abstenções.

O chefe da Igreja Anglicana, o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, foi um grande incentivador da proposta por considerar a exclusão de mulheres do episcopado como "incompreensível", como disse hoje durante o debate prévio à votação.

"Hoje é a conclusão do que começou há mais de 20 anos com a ordenação de mulheres como padres. Estou encantado com o resultado de hoje", disse o arcebispo de Canterbury, Justin Welby, o líder espiritual dos 80 milhões de anglicanos no mundo.

"O dia de hoje marca o início de uma grande aventura de buscar o florescimento mútuo apesar de ainda, em alguns casos, haver discordância." A questão das mulheres no bispado causa divisões internas desde que o sínodo aprovou a ordenação de mulheres padres, em 1992.

O tema opôs reformistas, dispostos a projetar uma imagem mais moderna da Igreja num momento em que enfrenta a queda no número de fiéis em países cada vez mais seculares, e uma minoria conservadora que diz que a mudança contraria a Bíblia.

Mulheres servem como bispas nos Estados Unidos, Austrália, Canadá e Nova Zelândia, mas igrejas anglicanas em muitos países em desenvolvimento não as aceitam como padres. Welby disse que a primeira bispa anglicana poderá ser nomeada no início do ano que vem. (Com agências internacionais).





Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura