Povoado chinês denuncia roubo de estátua com monge mumificado


A estátua foi submetida a uma tomografia computadorizada e teve amostras colhidas com um endoscópio em um centro médico de Amersfoort, na Holanda.


Os moradores de Yangchun, um povoado da província chinesa de Fujian (sudeste do país), denunciaram neste domingo (22/03) que uma estátua de um buda, que contém um monge mumificado e que agora está em mãos de um colecionador holandês, foi roubada da cidade em 1995.

A estátua, que apareceu abundantemente nos meios de comunicação chineses há um mês quando foi descoberto que dentro dela havia restos humanos de mais de mil anos, foi reivindicada pelos habitantes do município, informa a imprensa chinesa.

As imagens deste buda sentado de apenas 1,2 metros, que frequentemente é exibida no museu holandês Drents Museum e agora se encontra em uma exposição itinerante pela Europa, circularam nas últimas semanas pelas redes sociais chinesas.

Arqueólogos do Escritório de Relíquias Culturais de Fujian confirmaram, após contrastar as imagens que eram conservadas antes do roubo da peça de Yangchun com as da figura exposta na Holanda, que ambas são a mesma, segundo afirmou a agência de notícias oficial "Xinhua".

O buda que representa a estátua é um jovem que viveu há mil anos em Yangchun e que se tornou um monge famoso por ajudar os desvalidos e propagar sua religião, e que quando morreu aos 37 anos foi mumificado.

As pessoas do povoado decidiram fazer uma escultura que contivesse sua múmia durante a dinastia Song (960-1279).

Desde então e até há duas décadas quando aconteceu seu roubo, a estátua foi um objeto de culto no templo Yangchun, com a particularidade de que os aldeões a adornavam com roupa e um chapéu, que ainda estão conservados e que esperam voltar a colocar na estátua algum dia.

Para isso, o Escritório de Relíquias Culturais de Fujian anunciou hoje que entrará em contato com as autoridades nacionais para que iniciem os procedimentos frequentes de recuperação.



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