‘Respeito mútuo entre diferentes religiões e culturas é alicerce para um mundo em paz’



Estados-membros e dirigentes da ONU debateram papel das religiões na busca pela paz. 

Líderes religiosos devem lutar contra distorções das crenças que alimentam terrorismo e extremismo violento.

A harmonia entre diferentes credos e culturas é um “desafio enorme” e talvez seja mais importante atualmente do que em qualquer momento no passado recente, alertou o presidente da Assembleia Geral das Nações Unidas, Mogens Lykketoft, na semana passada (06/05), durante evento que debateu o papel das religiões na busca pela paz.

Em encontro com Estados-membros e outros representantes da ONU, o dirigente destacou que o entendimento e a tolerância são pré-requisitos para que a humanidade alcance objetivos almejados tanto pelas pessoas, quanto pelas Nações Unidas.

Lykketoft chamou atenção ainda para os ataques terroristas que ocorrem em todo o mundo. Segundo o presidente do plenário da ONU, o extremismo violento é motivo de grave preocupação e deixa clara a necessidade de a comunidade internacional se unir em resposta a tais ameaças.

Também presente no evento, o representante da Aliança de Civilizações da ONU (UNAOC), Nassir Abdulaziz Al-Nasser, enfatizou que “o respeito mútuo entre diferentes religiões e culturas é o alicerce para um mundo em paz e entendimento e aceitação são os fundamentos do desenvolvimento sustentável em longo prazo”.

“Prosperidade e bem-estar requerem que as pessoas coexistam em respeito pleno à sua diversidade”, explicou.

Al-Nasser ressaltou que a UNAOC tem desenvolvido uma série de projetos de conscientização voltados principalmente para a juventude, principal alvo do extremismo. No final de abril, o 7º Fórum Global da organização reuniu 150 jovens representantes de diferentes partes do mundo no Azerbaijão, o país enfrenta conflitos internos motivados por questões étnicas e religiosas.

A ONU conta com diversas iniciativas e programas para combater o terrorismo. Entre eles, está o Plano de Ação do secretário-geral para Prevenir o Extremismo Violento, documento que reconhece que medidas contra o terror baseadas apenas em questões de segurança não são suficientes para erradicá-lo. A avaliação identifica que a distorção e o mau uso de crenças são alguns dos motores da violência.

“O engajamento de líderes religiosos é essencial para neutralizar as mensagens dos líderes de grupos terroristas que distorcem o núcleo das crenças religiosas para propósitos em benefício próprio”, disse Al-Nasser.

O representante da UNAOC fez um apelo às lideranças religiosas para reafirmar sua rejeição de doutrinas violentas e reforçar os valores pacíficos e tolerantes inerentes às suas teologias. 

Al-Nasser ainda condenou a destruição de locais culturais antigos, “testemunhos da história e símbolos do pluralismo”, por extremistas.






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