Pérola Negra supera adversidades e conta história de religiões - Por Fernando Donasci

Com 3200 componentes divididos em 23 alas, a Pérola Negra foi a última escola a se apresentar para um público ainda firme presente no Anhembi, em São Paulo, às 7h13 da manhã .

 
O enredo "Abraão, o patriarca da fé" cantou a história do personagem do Velho Testamento e patriarca das tradições judaica, cristã e islâmica.

 
Mesmo tendo sido atingida por enchentes que afetaram seu barracão na última semana, a escola e seus integrantes não mediram esforços e animação para mostrar a reunião do homem com Deus. Segundo o presidente da escola, Edson Casal, a escola teria perdido cerca de R$ 50 mil só em material. Mesmo assim, a escola conseguiu manter a animação do público de seus passistas.

 
O carnavalesco André Machado cumpriu a promessa de ter na avenida passistas em trajes comportados -como dos integrantes da bateria, que usavam trajes típicos dos muçulmanos.

 
Um dos destaques foi a atriz Nanda Lisboa, a Ametista da novela "Araguaia", que fez sua estreia em desfiles de Carnaval como madrinha da bateria.

 
Outro ponto alto foi a ala com 70 integrantes de origem judaica que encenaram uma coreografia criada por Lia Levin baseada nas festas da comunidade.

 
Para o papel do patriarca, a escola convidou o cantor Gilbert, nascido no Egito e cujo nome verdadeiro é Abraão. Esta foi a segunda vez que o cantor encarnou um personagem bíblico na avenida -a primeira foi em 2003, quando desfilou representando Moisés pela Mangueira.

 
As baianas da escola encerraram o primeiro dia de desfiles com uma apresentação correta, porém sem surpresas.

 
Neste sábado (05/03), aconteceu o último dia de desfiles das escolas de samba de São Paulo. Passaram pela avenida Nenê da Vila Matilde, Águia de Ouro, Mocidade Alegre, Unidos de Vila Maria, X-9 Paulistana, Gaviões da Fiel e Império da Casa Verde.

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