Cadernos Cedem lança nova edição



Foi lançado o novo número (volume 3, nº 1) dos Cadernos Cedem, publicados pelo Centro de Documentação e Memória da Universidade Estadual Paulista (Unesp).
A publicação eletrônica semestral tem como objetivo divulgar artigos científicos, documentos e depoimentos sobre os movimentos sociais do Brasil contemporâneo, a história da educação pública superior brasileira, especialmente da Unesp, e questões relacionadas à memória e à preservação documental.
A nova edição traz dois depoimentos colhidos por Anna Maria Martinez Correa, coordenadora do Projeto Memória da Unesp, que contribuem para a compreensão da história da universidade: do músico e professor titular do Instituto de Artes, John Boudler, e do geógrafo Aziz Nacib Ab’Sáber, falecido no ano passado, a respeito de sua experiência como diretor da Unesp em São José do Rio Preto, de 1979 a 1983
O artigo de abertura da edição trata da revista Atlântico, editada na década de 1940 em uma parceria entre o Secretariado da Propaganda Nacional (SPN), de Portugal, e o Departamento de Imprensa e Propaganda (DIP), do Brasil.
Resultado de um acordo cultural entre os dois países, o periódico difundiu uma imagem do mundo luso‐brasileiro compatível com os regimes autoritários dos dois países: o salazarismo e o varguismo.
Nos três artigos seguintes são discutidos temas relativos aos movimentos sociais e aos embates políticos. Em Negros e territórios quilombolas no Brasil, faz‐se uma oportuna revisão da historiografia do negro no Brasil, bem como de suas ligações com as comunidades quilombolas.
Segue‐se um estudo a respeito da repressão ao PCB durante a ditadura civil militar (1964‐1982). “O último deste núcleo trata da participação popular na vida urbana de Guarapuava, PR, tendo como foco uma associação voluntária de moradores, criada em 1995”, disse Antonio Celso Ferreira, coordenador do Cedem e professor de História da Unesp de Assis.
Questões sobre memória e preservação documental são debatidas em três textos que abordam, respectivamente: a constituição do Arquivo de Memória Operária do Rio de Janeiro; a formação do Núcleo de Preservação da Memória, entidade independente fundada em 2001 para defender os interesses dos ex‐prisioneiros políticos e perseguidos durante o governo militar; e os processos da Justiça do Trabalho como fontes para o estudo dos embates judiciais na Zona da Mata de Pernambuco entre 1979 e 1980.

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