Isfahan mostra a religiosidade, a beleza e a história do povo iraniano – Por Marcos UchôaIrã

Cidade é a mais visitada do Irã e tem a segunda maior praça do mundo. Foi em Isfahan que um monarca decidiu que o Irã seria um país xiita.

A Crônica deste sábado (29/03) é uma viagem a Isfahan, a cidade mais visitada do Irã. Existe algo muito especial nas mesquitas persas. Uma delas tem mais de 800 anos e foi aos poucos misturando vários estilos, à medida que os séculos, os reis e os artistas iam passando.

Isfahan é famosa também porque foi na cidade que um monarca decidiu que o Irã passaria a ser um país xiita e não sunita como era, e como é a maioria dos países muçulmanos.

Hoje, a vida está complicada em Isfahan. As sanções e a má imagem do país no exterior fazem com que a cidade sofra. Menos dinheiro, menos comércio, menos turista. As caras severas dos ayatollahs, os rostos dos mártires da guerra contra o Iraque, são imagens gastas, cansadas, de um regime que não entusiasma mais tanto as pessoas.

Já são 35 anos que o Irã combina religião com política e muitos questionam o sucesso dessa parceria. O questionamento é feito em voz baixa. O regime tem um enorme contingente de seguranças para impor sua vontade. Resta ao iraniano, ainda mais em Isfahan, a possibilidade de viajar no tempo, no espaço, sonhar com dias melhores.

Praça de Naqsh-e Jahan

Ela é a segunda maior praça do mundo. Em termos de tamanho só perde para a de Tianamen, a Praça da Paz Celestial, em Pequim. Já em termos de beleza e harmonia dá de 10 a 0. Ela não só é espetacular em termos arquitetônicos, mas é um perfeito espaço de convivência para os iranianos e para os turistas.


O tamanho se deve em parte porque nela se jogava pólo. Os postes dos gols ainda existem, mas cavalos só nas charretes que levam casais e famílias para uma volta. Rapazes batem bola sem talento, moças passeios conversando sem parar. Para alguns, a magia do lugar já os uniu e querem para sempre a lembrança desse momento tão especial.



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