O Islão está a mudar a vida a cada vez mais portugueses


Cada vez mais portugueses estão a converter-se ao islamismo. 

Procuram uma nova identidade e garantem que a religião nada tem a ver com a perspetiva terrorista e violenta a que está associada. Essa, defendem, é culpa dos muçulmanos maus e doentes.

O ataque terrorista do 11 de Setembro contra as Torres Gémeas abriu os olhos dos portugueses para uma religião que até então conheciam pouco: o Islão. A curiosidade levou-os a querer saber mais e foi a partir daí, segundo o semanário Sol, que começou a aumentar a adesão nacional àquela religião.

Hoje, o número de portugueses a aderir à religião é cada vez maior. O facto ganhou maior visibilidade depois de os  jovens de cidadania portuguesa terem decidido juntar-se à jihad do Estado Islâmico. Mas os convertidos que permanecem em Portugal garantem que isso nada tem a ver com os princípios da religião. 

“O Islão é uma religião de paz”, defende a jovem Aisha ao Sol, enquanto Hibraim acrescenta que, como em todas as religiões, existem muçulmanos bons e maus.

Cipriano Ramos é um exemplo de um português que decidiu mudar de religião. Católico não praticante, este professor não possuía grande fé na sua religião. Depois de ver a forma como o filho havia mudado após ter-se convertido ao Islão, decidiu também arriscar e garante:

“O Islão mudou a minha vida e tornou-me mais calmo e tolerante”. Para isso teve que mudar de nome, Hibraim e perdeu vários amigos que não concordaram com a sua decisão.

Em Portugal, existem 50 mil fiéis desta religião e embora não existam dados concretos sobre o número de convertidos, o facto é que serão cada vez mais. Na maioria dos casos, as pessoas convertem-se para casar, mas há uma grande parte que está à procura de uma identidade.


Os que se convertem com propósitos violentos são, na opinião de Abdellah Boazza, um dos responsáveis da Mesquita Central do Porto, doentes, pois isso nada tem a ver com a religião. E garante: em Portugal tudo é pacífico.



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