Cresce o número de pastores que veem islamismo e cristianismo como religiões semelhantes


O surgimento de uma vertente apelidada de “crislamismo”, que enxerga o cristianismo e o islamismo como religiões “semelhantes” levou o instituto LifeWay Research a fazer uma pesquisa com pastores e descobrir quantos deles são simpáticos a essa interpretação.

O resultado surpreendente mostrou que 17% dos pastores protestantes dos Estados Unidos são propensos a relacionar as duas crenças. 

O relatório do LifeWay Research considera o “segmento pequeno, mas crescente”, e chama atenção para o fato de que há cinco anos, o número de líderes evangélicos com essa visão era de 9%.

“Para entender os dados, você tem que entender que os pastores protestantes não são de uma mente. E mentes estão mudando em mais de uma direção”, afirmou Ed Stetzer, diretor executivo da LifeWay Research, lembrando da heterogeneidade teológica existente no meio protestante.

“Além disso, é importante notar que, enquanto pastores parecem estar cada vez mais familiarizado com o islamismo, a mesma grande maioria reconhece diferenças inconfundíveis entre a religião muçulmana e o cristianismo”, pontuou Stetzer, segundo informações do Gospel Herald.

A pesquisa, realizada com um grupo de 1.000 pastores, também descobriu que 50% dos entrevistados entendem que o islamismo “promove a caridade”. Na pesquisa de cinco anos atrás, esse número era de 33%.

32% dos pastores descreveram o islamismo como “espiritualmente bom”, número bem acima dos 19% registrados no levantamento anterior; enquanto 24% descrevem a religião como “tolerante”, contra 16% que manifestaram essa opinião na outra pesquisa.

No entanto, quando perguntados qual das descrições mais populares está mais perto de suas crenças, 59% dos pastores evangélicos apontaram a descrição do pastor Franklin Graham, que a define como “uma religião muito má”.


A pesquisa engloba o contexto do crescente número de norte-americanos que adotam o islamismo como religião, e a consequente popularização de discursos que se diferem daqueles adotados pelos extremistas do Oriente Médio e da África.




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