Palestinianos incendiaram lugar de culto judaico



Esta sexta-feira de manhã, dezenas de palestinianos incendiaram o Túmulo de José, na cidade de Nablus, no norte do território palestiniano ocupado da Cisjordânia. Este lugar é sagrado para a religião judaica.

Vários grupos palestinianos apelaram para que hoje fosse "a sexta-feira da revolução" na Cisjordânia e na faixa de Gaza. Dois territórios que devem ter um afluxo importante de manifestantes, com possibilidade de confrontos com, nomeadamente, as forças de segurança israelitas.

Neste contexto, o incêndio do Túmulo de José, na cidade de Nablus, com "cocktails Molotov" só fez aumentar as tensões. Este é um lugar muito sensível para os judaicos porque abriga a sepultura de José, um dos doze filhos de Jacob, vendido pelos seus irmãos e conduzido para o Egipto, de onde o corpo foi repatriado segundo a tradição bíblica. O lugar também é conhecido pelos palestinianos onde residiria a sepultura de um "sheikh", um líder religioso local.

Desde o assassínio de israelitas, há duas semanas, que a Cisjordânia e Jerusalém-Leste, parte palestiniana de Jerusalém anexada e ocupada por Israel, estão a ser palcos de confrontos entre jovens e polícias, mas também se têm registado agressões de israelitas à arma branca.

As forças de segurança israelitas temem outros confrontos. A presença em massa da polícia é uma das medidas mais visíveis em Jerusalém com vista a impedir aos homens de 40 anos o acesso à esplanada das Mesquitas.


Ainda hoje dois palestinianos foram abatidos em confrontos na fronteira entre a faixa de Gaza e Israel entre manifestantes e a polícia israelita.




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