Interpretações diferentes sobre o fim do mundo


A interpretação sobre o fim do mundo é diferente nas várias religiões. No entanto, em um ponto, várias concordam. 

O entendimento sobre um período de mudança no mundo (sem data, nem local marcados) é visto como a esperança de um melhor relacionamento entre as pessoas e do desenvolvimento moral e espiritual da humanidade. 

Confira nesta matéria, como os muçulmanos e os integrantes da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias interpretam o fim do mundo.

Para os seguidores do islamismo, tudo, com exceção de Deus, tem um início e um fim. Quem explica é o diretor-executivo do Instituto Latino-Americano de Estudos Islâmicos de Maringá, no Paraná, Abdelbagi Sidahmed Osman. 

De acordo com ele, os muçulmanos acreditam que o mundo irá sim acabar um dia, mas também acreditam que todas as pessoas irão ressuscitar e prestar contas por aquilo que fizeram durante a vida na terra. No entanto, quando isso se dará e como será, a única coisa que eles sabem são os sinais.

“Existe uma lei que rege esse mundo, a lei natural que Deus criou na existência. Essa lei vai deixar de existir, portanto o que deixa nosso mundo em perfeita harmonia e equilíbrio, um dia vai perder essa harmonia e esse equilíbrio e o mundo vai entrar em choque total”, acrescenta.

Sinais

Osman explica que tanto no Corão quanto no Assunnah estão descritos sinais, separados em maiores ou menores, que permitirão aos homens entender quando isso acontecerá. Entre os sinais descritos há 14 séculos, há indicações de que um dia o ferro iria voar, que é entendido como uma referência à aviação. 

Outra descrição diz que os árabes beduínos descalços, pastores dos camelos, iriam concorrer com a construção de grandes estruturas. O sinal é interpretado como as grandes construções feitas em países árabes atualmente. Há ainda referências ao desrespeito entre pessoas da mesma família.

Entre os sinais maiores, Osman destaca a volta de Jesus para o mundo num período em que haverá paz absoluta e também o nascimento do sol no lado oposto. 

“Quando vai acontecer, isso ninguém sabe. Deus não possibilitou a nenhum anjo saber quando vai ocorrer isso. Só Deus que sabe. Na verdade não temos que nos preocupar com a hora do juízo final. Temos que nos preocupar em praticar as boas ações para nossas famílias e comunidades. A morte é repentina. Ninguém é avisado e a pessoa tem que se preocupar com o que preparou para quando esse dia chegar”, reforça.

Transformação na terra

Os membros da Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias não acreditam que o mundo irá acabar, mas sim na volta de Jesus e numa transformação na terra. O bispo da Ala Bosque da Igreja em Passo Fundo, Juarez Alvares, explica que o momento, no entanto, não é sabido. 

“Somente pelos sinais descritos no Apocalipse é que saberíamos que esse momento estaria próximo. Conforme o que está escrito, sabemos que Jesus virá no meio de uma grande guerra, no meio do fogo, e a terra será transformada e Jesus reinará por mil anos”, destaca lembrando que a partir desse momento a terra seria purificada. Os mórmons também acreditam na ressurreição dos mortos e no julgamento das pessoas perante Deus. 

“Aqui nessa terra todos vamos morrer e ressuscitar e comparecer perante Deus para sermos julgados. Ninguém é perfeito, mas todos poderão estar bem, no paraíso”, finaliza lembrando que o que definirá isso é a atitude das pessoas.



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