Suécia: país reconhece downloads como religião - Por Nacho Belgrande


A Igreja do Kopimismo, que acredita que copiar informação através do compartilhamento de arquivos é como um serviço religioso, e teve sua autenticidade oficial garantida pouco antes do Natal, diz o canal inglês BBC.

A igreja, que acredita que CTRL+C e CTRL+V – os atalhos para copiar e colar em um computador, deveriam ser símbolos sagrados, teve que requerer o reconhecimento por três vezes antes de ser finalmente contemplada como um exercício legítimo de fé pelo governo sueco.

O fundador, Isak Gerson, de 19 anos, disse: “Para a Igreja do Kopimismo, a informação é sagrada e a cópia é um sacramento. A informação tem valor, por si própria e no que contém e nos múltiplos valores através da cópia. Portanto, a prática de copiar é central para a organização e seus membros”.

Ele ainda declarou: “ser reconhecido pelo estado sueco é um grande passo para todos da Kopimi. Tomara que seja um passo adiante para o dia em que poderemos viver nossa fé sem medo de perseguição.”

Entretanto, experts da industria menosprezaram a significância da classificação oficial e sugeriram que muito pouco mudaria quanto ao compartilhamento de arquivos. O analista musical Mark Mulligan disse que o conceito da igreja foi ‘alienado da realidade’ e que não refletia o ‘sistema legislativo sueco’.

“Isso não quer dizer que compartilhamento ilegal de arquivos de tornará legal, mais do que se ‘Jedi’ fosse reconhecido como uma religião todo mundo sairia andando pela rua com sabres de luz”, ele afirmou. “De algum modo esses caras parecem obsoletos. Compartilhamento como uma maneira de piratear conteúdo está se tornando uma tecnologia do passado”.

Em dezembro do ano passado, o Google foi criticado por gravadoras por não fazer muito esforço para conter downloads ilegais. Um relatório da Federação Internacional da Indústria Fonográfica acusou o mecanismo de procura de fazer dinheiro a partir do compartilhamento de arquivos e insistiu que eles precisavam trabalhar para assegurar de que não fossem abusados como ‘um veículo da pirataria’.



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