Canal de ateus nos EUA faz contraponto à programação religiosa da TV

A American Atheists lançou um canal online voltado para o público ateu nos EUA. No meio em que os religiosos têm forte presença, a emissora pretende fazer um contraponto à tendência. 

"Queremos um país em que possamos falar sobre nossas crenças sem discriminação. Queremos um governo que seja neutro e que não nos fale de um deus em que não acreditamos. Não queremos instituições religiosas com privilégios”, disse o Ronald Lindsay, presidente da ONG secular Center for Inquiry.

Segundo a Folha de S.Paulo, o canal está disponível desde o último sábado (9/8) no site. Em seu texto de apresentação, a emissora reafirma o anseio de contrabalançar a presença religiosa na televisão. 

"Desde programas sobre o Evangelho até os especiais de Natal, há um excesso de programas religiosos. Com a AtheistTV, nós estamos preenchendo um vazio: há muitos ateus curiosos e que querem mais", afirma o presidente da American Atheists, David Silverman. 

No comunicado, o dirigente ressalta que o canal apresentará palestras, documentários, programas educacionais e científicos, em uma "programação consistente, de qualidade e livre de superstições voltada para adultos e crianças". 

Os conteúdos veiculados são produzidos por associações como a Richard Dawkins Foundation, a Comunidade Ateísta de Austin, e comediantes de stand-up.


O canal informa que tem planos de transmitir conteúdos originais em breve. Entre as novas contratações para produzir seus programas, está à produtora responsável por reality shows para canais como o Animal Planet e o Discovery Liz Bronstein e Paul Provenza, do Showtime. 

"Queremos oferecer uma programação centrada na nossa liberdade de religião", diz Silverman. Além do site da associação, o canal fica disponível no serviço de TV sob demanda e streaming Roku. 



Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

"Negociar e acomodar identidade religiosa na esfera pública"

Pesquisa científica comprova os benefícios do Johrei

A fé que vem da África – Por Angélica Moura