Conselho Mundial de Igrejas destaca importância da encíclica ecológica do Papa



O Conselho Mundial de Igrejas (CMI) afirma que a encíclica ecológica do Papa Francisco, Laudato si, se destaca por falar sobre a necessidade de estabelecer um diálogo entre política e economia, e entre as religiões e as ciências, como uma condição sine qua non para responder à crise ecológica, de forma efetiva.

O CMI assinala ademais o trabalho que as igrejas e organizações ecumênicas vêm desenvolvendo há décadas no cuidado da Terra e nos assuntos relacionados com a justiça climática.

"É hora de que nos centremos na nossa responsabilidade compartilhada como seres humanos, e nas maneiras como as igrejas podem apoiar quem estão dispostos a fazerem as mudanças necessárias", afirma o reverendo Olav Fykse Tveit, secretário geral do Conselho.

Para ele, a encíclica demonstra a todos que esses assuntos são centrais na fé cristã e que devem ser enfrentados como questões de justiça e paz, "unidos como cristãos e igrejas, com todas as pessoas que se preocupam com nosso futuro comum".

Tveit também ratifica o reconhecimento de que outras igrejas e comunidades cristãs têm desenvolvido uma ampla preocupação e reflexão sobre os temas ambientais. Ele também destaca, na encíclica do Papa, as referências à dívida ecológica e a afirmação de que o "acesso à água potável e segura é um direito humano básico, fundamental e universal”.

Guillermo Kerber, encarregado do programa sobre Cuidado da Criação e Justiça Climática do CMI, também apoia a afirmação de Francisco de que a mudança climática é consequência da atividade humana e que tem maiores consequências sobre as comunidades mais pobres e vulneráveis.

"A encíclica é um importante chamamento a atuar com urgência como indivíduos e cidadãos, assim como em nível internacional, a fim de dar una resposta efetiva à crise climática", afirma.






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