Organizações religiosas têm papel de primeiro plano no combate à violência - Presidente de Cabo Verde no Encontro Internacional para a Paz em Roma

Cultura e religião se influenciam reciprocamente e a exacerbação de aspectos específicos a cada uma delas conduz à negação do universal, e a comunhão do homem com o divino fica irremediavelmente comprometido, palavras do Presidente da República de Cabo Verde, no encontro internacional sobre religiões e paz promovida pela Comunidade de Santo Egídio em Roma de 29 de Setembro a 1 de Outubro. 

Jorge Carlos Fonseca sublinhou que os Estados têm a função de equacionar conflitos, mas quando, devido a fragilidades, não o conseguem fazer é bom lançar mãos doutros instrumentos e as Organizações religiosas são chamadas como amparo seguro, pois que praticamente todas as religiões defendem a dignidade humana e, como tal, desempenham um papel de primeiro plano no combate às violências. As organizações, disse. 

O chefe de Estado cabo-verdiano apontou o diálogo entre as civilizações como sendo decisivo para a obtenção da paz. O respeito pelas diferenças, disse, deve ser promovido. E citou o povo cabo-verdiano como um exemplo do encontro de culturas diferentes, algo que se manifesta mesmo a nível genético, pois estudos recentes mostram que os cabo-verdianos são um dos povos com a maior miscigenação no mundo. 

O Presidente concluiu dizendo que a Comunidade de Santo Egídio tem sido portadora dos valores da convivência pacífica entre culturas e religiões diferentes procurando fazer com que esses valores influenciem Estados e indivíduos e se tornem um costumes irreversíveis na sociedade. 

Finalmente, Jorge Carlos Fonseca fez referência a Nelson Mandela como exemplo dum homem que soube demonstrar que mesmo em condições extremamente difíceis o diálogo é possível.




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