Exposição 'Tomie' é inaugurada na sede da FAPESP - Por Karina Toledo

Foi inaugurada nesta quinta-feira (17/10), na sede da FAPESP, a exposição:

 Tomie

que reúne as 27 reproduções de obras da artista plástica Tomie Ohtake escolhidas para ilustrar o Relatório de Atividades 2012 da instituição.

A cerimônia contou com a presença de Ricardo Otake, diretor do Instituto Tomie Ohtake e filho da homenageada. Também estiveram presentes Celso Lafer, presidente da FAPESP, José Arana Varela, diretor-presidente do Conselho Técnico-Administrativo, e José de Souza Martins, membro do Conselho Superior.

“Temos adotado como uma de nossas constantes incluir em nossos relatórios uma reprodução de obras de grandes artistas vinculados ao Estado de São Paulo. Este ano temos o prazer de homenagear Tomie Ohtake, grande figura que inovou de maneira extraordinária as artes plásticas do Brasil e que tem o mérito de, em sua ilustrada maturidade de cem anos, continuar se dedicando à sua obra”, ressaltou Lafer.

“Esta homenagem é muito especial para Tomie Ohtake, pois ela dá uma importância muito grande aos cientistas do país. A ciência para ela é muito importante e ter sido escolhida para fazer parte desse relatório foi algo muito significativo”, disse Ricardo Ohtake.

Segundo ele, a um mês de completar cem anos, a artista permanece extremamente ativa e acaba de completar uma escultura de 12 metros de altura e 20 toneladas de aço, instalada há cerca de dez dias em Santo André. A obra foi encomendada pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Santo André e Mauá em homenagem aos trabalhadores.

“De tempos em tempos, ela vai transformando seu trabalho de forma meio intuitiva. Percebe que aquela etapa já acabou e passa para uma nova. Assim, ela completou cerca de oito etapas em sua obra”, disse Ohtake.

O filho da artista lembrou que Tomie começou a se dedicar à carreira artística em uma idade mais avançada que a média, em torno de 40 anos, mas teve uma evolução muito rápida. Com pouco mais de 45 anos, já expunha individualmente no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM).

“A partir de 1968 começou a trabalhar com gravuras, inicialmente serigrafia e litografia e depois gravuras em metal. A partir da década de 1980 passou a trabalhar com esculturas. Realizou uma grande série de esculturas e mais de 60 obras públicas, de tamanho grande e que ficam em espaços abertos da cidade, como as ondas que estão na Avenida 23 de maio (conhecido como Monumento à Imigração Japonesa)”, lembrou o diretor do Instituto Tomie Ohtake.

Tomie nasceu em Kyoto, no Japão, em 1913. Chegou ao Brasil em 1936 para visitar um irmão e não conseguiu voltar por causa da guerra. Casou-se, teve dois filhos, Ricardo e Ruy e só começou a pintar quando a prole já estava criada.

Após um breve período de arte figurativa, a artista se tornou adepta do abstracionismo nos anos 1960. Recebeu, em 1995, o Prêmio Nacional de Artes Plásticas do Ministério da Cultura. Em 2000, foi criado o Instituto Tomie Ohtake, em São Paulo, que tem como proposta apresentar as novas tendências da arte nacional e internacional.

Tomie, que completa 100 anos no dia 21 novembro, passa a compor a lista de artistas plásticos homenageados pela FAPESP desde 2005, que inclui Francisco Rebolo, Aldo Bonadei, Lasar Segall, Tarsila do Amaral, Candido Portinari, Anita Malfatti e Arcangelo Ianelli.

O Relatório de Atividades 2012 da FAPESP está disponível em:






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