Eduardo Cunha defende evangélicos na Câmara: todos podem ter suas crenças



Por meio do Twitter, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), defendeu o protesto realizado pela bancada evangélica na quarta-feira última (10/06) contra a Parada do Orgulho Gay. 

“Ter o estado laico não significa ter de proibir os parlamentares de se manifestarem nas suas crenças. O direito de manifestação e de opinião são preservados na nossa Constituição”, ressaltou Cunha neste domingo (14/06). 

Na quarta-feira, parlamentares integrantes das bancadas evangélica, católica e defesa da vida e da família apresentaram uma nota de repúdio e rezaram o “Pai Nosso” como forma de protesto contra a performance da atriz Viviany Beleboni, de 26 anos, transexual e espírita, que desfilou presa a uma cruz encenando o sofrimento de Jesus Cristo na Parada Gay da semana passada. 

O ato performático foi entendido como uma provocação contra católicos e evangélicos pelos deputados. Alguns integrantes da bancada evangélica defenderam também a responsabilização criminal dos organizadores da Parada Gay e da encenação de Viviany Beleboni. 

“Todos devemos respeitar a laicidade do estado e todas as políticas de Estado devem ser assim. Agora não se pode confundir Estado laico com os representantes que possam ter as suas opiniões e crenças. Ter o Estado laico não significa ter de proibir os parlamentares de se manifestarem nas suas crenças. O direito de manifestação e de opinião são preservados na nossa Constituição”, afirmou Cunha em referência ao protesto feito pelos deputados.

“Se invadem Plenário, batendo panela ou cantando samba para depreciar atuação de outro partido, ninguém fala nada… Se invadem com faixas protestando contra a votação de alguma matéria não falam nada… Mas basta serem de alguma crença religiosa aí criticam a manifestação de opinião. A mim, como presidente, cabe manter a ordem e o respeito no Plenário, independente de quem faz qualquer manifestação”, pontuou Cunha. 

“Não me cabe fazer juízo de censura a quem quer que seja, detentor de mandato e com livre direito na Constituição para isso. Os eventuais abusos e a eventual quebra de decoro têm previsão regimental de punição”, finalizou o presidente da Câmara dos Deputados.






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